Estou sentado no hall do restaurante universitário. Tem muita gente aqui, está muito lotado, existem duas filas uma para colocar crédito para colocar no cartão e outra para entrar no restaurante. Para colocar crédito o que eu posso perceber é a total falta de ordem, não importa se você tá ali se a pessoa está lá desde 11:30 ou se acabou de chegar (12h), parecem animais uns empurrando os outros. Meu Deus que calor é esse que estou sentindo, parece eu estou dentro de uma topique 12 as 7 horas da manhã em uma segunda feira, estou suando, na verdade já cheguei o restaurante suado, no caminho parecido que eu estava caminhando ao lado do sol. O único local que me remete a idéia de paz e tranquilidade é o pequeno “jardim” no meio da selva de gente e concreto que é o RU. É um local muito verde, me passa serenidade, tranquilidade é como se aquilo fosse um ponto de equilíbrio dentro de um local tão conturbado e quente, muito quente. Eu vejo alguns amigos na fila, obvio que não irei até eles agora, na verdade eles virão até mim. Uma coisa me incomoda, aquela fila de gente para entrar no restaurante esta tapando minha vista do jardim. Olho no meu celular as horas e já são 12:28 o tempo passou rápido, mas mesmo assim é um absurdo passar 28 minutos e eu ainda estar vendo o rosto das mesmas pessoas nas filas. Mas pelo menos meus amigos já estão próximos, está tão quente que eu tive que limpar o visor do celular, pois quando eu fui ver as horas pingou uma gota na tela. Me pergunto por que é tão difícil manter a ordem, por exemplo, todo mundo fura fila no RU, isso é um fato. Porém filas podem ser furadas sem bagunça sem tumulto, o ambiente ficaria mais leve se não tivesse esse aperto todo. Eu sou a maior prova disso já que estou só esperando meu amigos chegarem na minha frente para que eu possa adentrar nessa tradição universitária que é pegar a fila do RU. Falando em furar fila, minha hora chegou, meus amigos chegaram e eu finalmente poderei matar a fome que tenho.
